Uma confusão tomou conta do Presídio Santo Expedito, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, após a chegada da professora Monique Medeiros, ré no processo referente à morte de seu filho Henry Borel, nesta quinta-feira (30). Acontece que a delegada Adriana Belém, presa por envolvimento com uma quadrilha do jogo do bicho, não quis que Monique ficasse na mesma cela que ela.
De acordo com informações preliminares, a delegada foi surpreendida por Monique após o banho. Adriana Belém entende que a cela em que está presa corresponde aos "profissionais de segurança pública". Desta forma, Monique não poderia ficar no mesmo ambiente.
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Segundo pessoas ligadas à delegada, a cela foi reformada para custodiar a delegada pois não há cadeia para mulheres policiais no Rio de Janeiro. Adriana Belém entende que a divisão entre os presos serve para garantir a proteção dela referente a pessoas que foram investigadas quando a mulher exercia o trabalho de delegada.
Depois da confusão, Monique foi transferida para uma outra cela. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) ressaltou que Adriana pode ficar isolada de pessoas que não estão ligadas à área de Segurança Pública.
A mãe de Henry Borel voltou para a cadeia após determinação do Tribunal de Justiça do Rio nesta terça-feira (28), após um período de prisão domiciliar e uso de tornozeleira eletrônica. No mesmo dia, O TJ-RJ negou pedido de habeas corpus para Adriana Belém.